O mercado do mundo
O que tinha levei
ao mercado do mundo:
o amor, a paz, a verdade
e a felicidade do mundo.
“Não vendo! Tomai, tomai:
eu dou a todo o mundo
o amor, a paz, a verdade
e a felicidade do mundo.”
O que tinha ninguém quis
no mercado do mundo;
o riso acolheu meu grito,
de forma alguma o mundo.
“Já viu um traficante
oferecer amor ao mundo?
Que vale um belo sentimento
no mercado do mundo?
Não sabes nada! Vai, vai
para outro lado do mundo:
serás sempre uma criança
no mercado do mundo.!”
– Sim, eu sei o que se vende
no mercado do mundo:
vende-se o suor e o sangue,
o sangue do pobre mundo.
REISIN, Avraham. Poesia de Israel. Rio de Janeiro: Ed. Civilização Brasileira, 1962.
Foto: Mari Suoheimo
Deixe um comentário