Cema, Cema, Iracema
Habitam em minha memória,
a casa da Iracema, da tia Cema,
os sofás vermelhos de veludo,
os tapetes sempre impecáveis,
o piano na sala de estar.
os lençóis alvos e perfumados,
o pé de maracujá no quintal,
a foto do casal Levi e Cema
na parede de um cômodo,
tudo sempre em perfeita ordem.
Nunca vi tal esmero com toalhas, louças e talheres.
Dona Cema, dada a muito trabalho
já no inicio do dia, abria janelas e portas,
deixando o sol entrar sem cerimônia,
iluminando os quartos e as vidas.
Memória da dispensa farta,
dos queijos coloniais,
da cozinha, coração e alma da casa,
onde ainda menina
provava a boa comida da tia Cema.
Cema, Cema, Iracema
mulher virtuosa,
mãe de cinco filhos,
vó de oito netos,
tia de muitos sobrinhos.
Amo-te Cema!
Amo seus olhos brilhantes,
que me ensinam que a vida,
ainda que dorida,
vale a pena ser vivida.
Homenagem para querida Tia Cema (in memorian)
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