Cárcere Privado
Entre quatro paredes,
sem falar e nem ver ninguém,
amarrado aos pés de uma cadeira,
atrás de portas e janelas fechadas,
preso na teia de suas tragédias pessoais,
perdeu o número de vezes que desejou a morte,
que desejou não mais ser, não mais existir,
depois de tantas lágrimas que ninguém viu,
colapsos e desassossegos,
descobriu que poderia sobreviver,
ainda trazia dentro de si um pássaro livre,
mesmo vivendo em cárcere privado.
n.n.a
Escrevi este poema depois de assistir o filme : “A pele em que habito”
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