No dia de ” Ações de Graças” separo estes primeiros momentos para uma prece:
Te agradeço Deus pelo dom da vida,
por me amar e se importar comigo,
tão frágil e pequeno ser humano.
Agradeço por viver no tempo e lugar onde estou,
por pertencer a uma família,
por ter amigos e pela capacidade de amar.
Agradeço pelo alimento material e espiritual,
pela consciência, pelo perdão,
e por tua soberania.
Agradeço por teu amor
infinito, forte, profundo,
e porque nada poderá me separar dele.
Permita que a cada dia
retribua tão grande dádiva celeste
em minhas palavras e atitudes.
Que ame ao próximo
como amo a mim,
que sinta e transmita quem Tu és.
Deus que é amor,
doador da vida,
plenitude de tudo em todos.
Amém
Tomaz de Aquino
“Tratado da Graça”, três níveis de gratidão.
O primeiro nível é o de reconhecimento intelectual – aquele em que somos gratos por educação, que fomos ensinados desde muito pequenos, um agradecimento para cumprir protocolos. É uma gratidão que vem do plano do intelecto, eu agradeço porque fui educado a fazê-lo.
O segundo nível é chamado de nível de agradecimento, quando nos regozijamos por algo que alguém fez por nós. É uma gratidão impulsionada por uma emoção. Você recebe algo tão bom, tem reconhecimento por isso e, portanto, agradece. É neste nível, em que normalmente estamos quando fazemos os exercícios de gratidão.
E o terceiro e mais profundo nível de gratidão é o nível do vínculo. É o nível em que nos sentimos tão gratos, que tamanha gratidão, leva a criarmos um vínculo com o outro. O nível do vínculo faz com que nos comprometamos com o próximo. De certa forma, estamos tão agradecidos que nos sentimos obrigados a retribuir de alguma forma.
“El mundo parecía amenazante
hasta que suave
como pluma
clara,
o dulce como pétalo de azúcar,
de labio en labio pasa
gracias
[…]”
Pablo Neruda (1959)
NERUDA, P. Oda a las gracias. In: Navegações e regressos. São Paulo: Coleção Ibero Americana, 2012.
“Um coração grato é uma luz suave em meio a escuridão”.
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