A Ruiva
Tudo nela era ruivo,
rubro da cor de um poente,
o caminhar era coral,
o olhar purpúreo,
mãos e pés tinham tons avermelhados,
e nossa amizade lembrava todos os tons de vermelhos:
do carmim, granza, alizarina, carmesim, solferino até o escarlata.
Hoje, se nenhum ruivo e ruiva passam desapercebidos diante dos meus olhos
a culpa é só dela, minha querida amiga de infância,
Viviane: “aquela que é ruiva e cheia de vida”.
( Noemi N. Ansay)
Quando eu tinha 11 anos, fui estudar no Colégio Estadual Pedro Macedo, no Portão, lá encontrei uma grande amiga, Viviane, com quem partilhei minhas alegrias e tristezas de adolescente. Frequentava sua casa e ela a minha, escutávamos músicas em fitas cassete, ensaiávamos coreografias e estudávamos juntas. Admirava sua força, coragem, inteligência e seus lindos cabelos ruivos. O tempo passou e hoje, depois de 33 anos nos reencontramos, compartilhamos nossas alegrias como mães, nossos desafios profissionais, relembramos nossos professores e amigos. Não tenho palavras para agradecer esse momento e admirar a importância que os amigos e amigas têm em nossas vidas. — sentindo-se agradecida .
26/09/2017
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