Minha Irmã Finlandesa
para Mari Suoheimo
Sim, a contragosto
aprenderei novamente
a ressignificar a palavra saudades.
Essa nostalgia que chega de mansinho,
uma mistura fina de tristeza e alegria,
e que vai ocupando todos os espaços.
Hoje, não há o que dizer,
só ficará o vazio da sua presença
um dia nublado, tão comum em Curitiba.
Nas memórias de curta e longa duração,
ficarão as lembranças do partilhar a vida,
os dias de sol e chuva,
As viagens, as refeições,
dias de Natal e aniversários,
imagens, sons e aromas.
Seus olhos tão azuis e brilhantes,
seus cabelos tão clarinhos,
sua natureza nórdica, silenciosa e fina.
Sempre achei curioso,
que em você o minimalismo,
ocupasse tantos espaços.
Sim, preenchias o tempo e o lugar,
com seus gestos de carinho,
com seu sorriso de menina.
Sua devoção as artes,
ao cozinhar, as flores,
aos amigos e estudantes.
Sei, que deixas aqui um pedaço de ti,
peço que também nos leve na bagagem e no coração,
aprendemos com tudo nesta curta passagem pela terra dos viventes.
Seremos irmãs para sempre,
se não de sangue e de idioma,
mas de alma e coração.
Gratidão para sempre,
Kitos, Kitos, Kitos.
Noemi N. Ansay
06/09/2017
Deixe um comentário