Dia de Festa
Nada foi mais real do que aquela música,
tocada a quatro mãos,
quase no final do inverno.
Para a maioria foi inaudível, atonal,
desproporcional, minimalista.
Para o cérebro, um turbilhão de ideias:
neve no verão, flores no deserto, luz na escuridão.
Para o peito: uma dor e um sossego,
casa vazia, solidão em dias frios,
festa de criança, gritos pela varanda,
doçura dos dias vividos,
esperança para os que virão.
( Noemi N. Ansay)
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