Sempre assim
de um lado os ventos que me chamam ao mar
e do outro a terra que me pede as raízes, as víceras.
de um lado a multidão e o tumulto das muitas vozes
e do outro o silêncio e a quietude da solidão.
de um lado rosas, margaridas, prímulas e lírios:
amor, inocência, juventude e pureza
e do outro lado cravos de defunto, gerânios, jacintos e narcisos:
luto, tristeza, mágoa e vaidade.
de um lado a vida,
pulsando, florescendo, renascendo
e do outro lado a morte,
as lágrimas, a saudade e a dor.
de um lado o dia,
com suas rotinas e labuta
e do outro a noite
com as estrelas que brilham.
n.n.a
Gravado e postado com permissão do intérprete do poema em LIBRAS Bruno Pierin Ernsen
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