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Gustav Klint |
Mulheres
Benditas sejam as mulheres,
de todas as etnias, cores e idades,
as que ainda são meninas,
as de vinte, trinta, quarenta,setenta e noventa anos,
as que trabalham e as desempregadas,
as que semeiam, as que colhem,
as que trabalham em linhas de produção,
as motoristas de táxi, de ônibus,
as atletas, as executivas,
as estudantes, as professoras,
as que escrevem, as que leem,
as médicas e enfermeiras,
todas que cuidam dos amigos,
dos pais, dos irmãos, dos filhos
e dos netos e bisnetos.
Benditas sejam as que esperam,
as que sonham, as que tem esperança,
as que amam demais, que comem demais,
que sonham demais e se doam demais,
as que tem rugas e cabelos brancos,
as de pele de seda e que cheiram jasmim,
as que tem mãos calejadas,
as que são choronas e as que são duronas,
as que foram abandonadas e destratadas,
as que mesmo sofrendo na lida da vida,
cumprem a sina de abençoarem quem as cerca,
que assumem que sua força esta na capacidade
de amar, de chorar, de assumir seus erros,
e de assumir-se como pessoa,
que vive a plenitude de ser MULHER.
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